Eu gostaria de ser esta pedra
ah, como me agradaria sê-la.
Um pedregulho que não sente nem pensa
e não existe, portanto, no eusser
da pequeneza cartesiana.
Tão somente send'eu a pedra
não me haveria cisco nas retinas
nem fadiga em arrancar cotidianamente
a pedra do meu sapato.
É de nojo e niilismo que termino
esse poema,
porque não há dentro de mim
pedra
sobre pedra.
pedra
sobre pedra.
(Marcos Cruz)
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