quarta-feira, 1 de junho de 2011

EPITÁFIO

Meu verso é híbrido
meu verso é líquido
               é sangue.
Tristeza que dilata o riso
            que dói.

Meu verso é parnasianossimbolista comedido
é dadaíst'expressionista meio desequilibrado
meu verso é cubistaconcreto zulejado e rejuntado.
Meu verso é modernista
                           à pós.

Jaz aqui por isso mesmo
a nomenclatura do meu verso;
eia, pois, a forma do meu desejo.

(Marcos Cruz)

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