que não vejo
quem sou.
Falam as minhas vozes
(falham, se algozes),
masnem o frescor, nem a morte;
nem o gozo, nem o corte
se despedem do vazio
escrupuloso
que demora, resta,
fresta aqui.Isso me mata quando desejo
me apresentar. Se tantos tomam a vez
dizendo que sou o que não sou
em parte
e faz tempestade nos
olhos meus tão negros
sem ressaca, sem
outono, sem marçoe que não é capaz de primaveras
e que não é capaz de se dizer
e que não é capaz de mais que
anáforas ou polissíndetos.
E nesse momento a
melancolia
tsumani o fátuo fogo
dos meus egos.